sábado, 14 de maio de 2011

Arremesso de Dor.

Se sinto em mim a fera
Que nasce de parto horroroso,
Corre em minha boca sangue,
um sangue com gosto de primavera
Usurpada por outono doloroso.

Com o rasgo da alma,
O ódio que o corpo enxerta
É o mesmo que o mal liberta
Em momentos de não-calma.

A feroz fera vocifera,
E o medo que regressa,
causa de grande espera,
Avassala com tamanha pressa!

E, cala-te, mente! Cala-te, fé!
Não podem existir por mim
Se não são o que cada uma é.
São chegados vossos meios e um hediondo único fim.


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