quinta-feira, 24 de maio de 2012

Ceifado.

Frio maldito que me assusta!
Da caverna obscura soube sair,
traz consigo a saudade robusta,
que tem como prazer consumir.

Me faz a noite olhar,
com tristeza de engasgo.
quero o sabor de amar,
que na carne faz um rasgo!

Já descrente, sem fé,
na eterna e dura lide,
sem ninguém que esquente meu pé,
a dor me incide.

Mas, no súbito, na ânsia do louvor,
Ouço a morte me chamar,
Após dizimar o amor,
Diz ela vir me buscar.

Atordoado, morrer decido,
por não ser amado pelo vulto.
De medos despido,
então, me encerro no infinito LUTO!

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