quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Amor prende, nem sempre liberta.


Esse papo de Amor ser eterno por natureza não é verdadeiro. Paremos ele sempre que começarmos a incitá-lo.
Permitir que prossiga é uma afronta à realidade. Sei que confrontar sentimento e realidade é motivo de conflito fatal entre os condescendentes e os racionais. O mundo ideal de príncipes encantados que abraçam mulheres frágeis e, em período de convalescência, as enchem de presentes, é como o mundo ideal de mulheres lindas e sensuais de comerciais de cervejas para os homens sedentos por sexo: uma modalidade de fantasia destrutiva.
Amor verdadeiro é pleonasmo. Não existe essa coisa de amor falso. O que é falso é nossa percepção de amor. Todo amor é verdadeiro, caso contrário, não seria amor.
O erro de nós, mortais falhos, e por isso imperfeitos, é que acreditamos que o que é bom é eterno, ou que, para ser mais durável, devemos apenas nos aquietar e deleitar os momentos. Ledo engano! Sendo bom ou ruim,as coisas e sentimentos se perduram apenas quando se faz manutenção. A planta só se desenvolve quando se nutre; os eletrodomésticos duram maior tempo por terem manutenção. Não escapamos a isso! Não é opção, é fático!
O fator principal que permite a continuidade desse modo acomodado de vida é o medo de arriscar a perder o que não é nosso. É contraditório. Não compreendemos que apenas percebendo que estamos presos podemos nos libertar,  que apenas duvidando teremos certeza e que apenas perdendo damos valor.

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